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28/03/2012

Lembrete do Quintana


UM LEMBRETE DO QUINTANA...

  

"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira. ..
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:

Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais".

Mário Quintana
 
 
"A VIDA NÃO É UM PROBLEMA A SER RESOLVIDO, MAS UMA EXPERIÊNCIA A SER VIVIDA"




Que você tenha um ótimo dia!!

15/03/2012

O consumo de frutas nos lares brasileiros

Nesta quinta-feira, 15 de março, é comemorado o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. Apesar de os consumidores estarem cada vez mais conscientes sobre a importância da seleção de alimentos saudáveis para prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida, os brasileiros ainda não consomem a quantidade de frutas necessárias para uma dieta de alta qualidade.

No Brasil, o consumo de frutas evoluiu nos últimos anos. Segundo o estudo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o consumo de frutas, a média consumida em casa é de 33,50 quilos e a despesa média mensal da família brasileira com frutas é de R$ 13,43, sendo a laranja e a banana as mais consumidas.

Mas, segundo as conclusões da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, mais de 90% dos brasileiros consomem menos frutas, legumes e verduras do que o recomendado pelo Ministério da Saúde com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar do aumento no consumo geral de frutas, a dieta do brasileiro é de baixa qualidade. O incentivo no consumo de frutas é necessário para o aumento da qualidade de vida no país.

Ibraf, por exemplo, em parceria com o Sebrae-SP, realizou a campanha Saborosa Brincadeira como incentivo ao consumo de frutas e teve como objetivo desenvolver hábitos mais saudáveis nas crianças, sensibilizando também os pais quanto às propriedades nutricionais das frutas e seus benefícios para a saúde de toda a família. 

A primeira fase da Saborosa Brincadeira aconteceu em parques e supermercados de São Paulo, e a segunda etapa utilizou o dia das crianças para apresentar brincadeiras divertidas e a importância de uma alimentação balanceada. Conheça mais sobre as frutas apresentadas na campanha no site do Ibraf.

14/03/2012

Costelada com Pisa da Uva


Projeto Cultivida





A empresa IHARA lançou no dia 8 de março, em Indaiatuba/SP, o projeto Cultivida, que pretende conscientizar os produtores rurais para que façam uso adequado dos agroquímicos durante sua aplicação no campo.
De âmbito nacional, o Cultivida levará, durante 2012, benefícios para 13 cidades, escolhidas de acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz e Anvisa que aponta os municípios com maior índice de contaminação por uso de agroquímicos. Serão R$ 2,8 milhões investidos pela IHARA neste primeiro ano neste projeto. Com o projeto, a IHARA dá início a uma nova proposta educacional no campo em linha com as Boas Práticas Agrícolas já defendidas em outros programas da empresa.
A cerimônia de apresentação teve a presença do presidente da IHARA, Júlio Borges Garcia, do prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, do toxicologista da UNICAMP dr. Angelo Trapé, o gerente de Registro e líder do projeto, Rodrigo Naime, além de representantes da Fiocruz, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento  e de Secretarias de Saúde de vários Estados.
O Cultivida terá, no mínimo, cinco anos de duração e prevê ações com foco em quatro áreas de atuação:
- Na saúde do trabalhador, com investimentos em conscientização através de especialistas da área médica;
- Na atualização dos agentes de saúde, considerando programas de monitoramento das populações expostas em níveis local, regional e estadual;
- Na atividade agrícola, com aumento da rentabilidade por meio da aplicação das Boas Práticas Agrícolas; e
- No bem-estar familiar, com orientações para a saúde da mulher e da criança, incluindo atividades culturais.
A necessidade de um programa visando à prevenção e conscientização do uso correto dos agroquímicos existe por conta de números, ainda preocupantes, sobre casos de acidentes ocupacionais. 
'O projeto Cultivida dará orientações à população rural acerca dos perigos e riscos à saúde do trabalhador e sua família, atuando em etapas de prevenção de intoxicações', explica o presidente da IHARA, Júlio Garcia. 'Trata-se de uma campanha de extrema importância, que envolverá discussões com toda a sociedade, para a conscientização do uso adequado desses produtos no campo', diz. Segundo o presidente, 'o uso de agroquímicos fica mais seguro à medida que os procedimentos de proteção são adotados e as regras de segurança, obedecidas'.
O projeto Cultivida contará com a parceria de pesquisadores e médicos especializados na área por meio de treinamentos às equipes de saúde pública dos municípios de vários estados do Brasil. 'A intenção é auxiliar esses profissionais da saúde para a elaboração de um diagnóstico correto e de um tratamento preciso nos casos de intoxicação por agroquímicos', completa o toxicologista da UNICAMP, Angelo Trapé. Para ele, 'o Brasil não pode mais confundir intoxicação com outras doenças'.


fonte: Andef





05/03/2012

Inovação e Tecnologia


Vespas da "empresa mais inovadora do Brasil" reduzem custos do agronegócio

Insetos que combatem pragas na lavoura colocam a Bug, de Piracicaba (SP), na frente de Petrobras e Embraer em prêmio internacional


A trichogramma, que responde por metade do faturamento da Bug, parasitando ovos da lagarta
A trichogramma, que responde por metade do faturamento da Bug, parasitando ovos da lagarta
Foto: Heraldo Negri / Bug
Na última sexta-feira, os sócios da Bug Agentes Biológicos almoçaram em uma churrascaria de Piracicaba (SP) com quase 70 funcionários da empresa. Foi uma comemoração merecida. Em sete anos, a companhia passou da fase experimental para um negócio com faturamento milionário e vendas em todo o país. Nos últimos dias, essa ascensão surpreendeu até os fundadores. Eles se viram, no acanhado escritório perto da cidade de Charqueada (SP) onde trabalham, segurando inesperadamente o título de “empresa mais inovadora do Brasil”.
A escolha é da respeitada revista americana Fast Company, que passou a acompanhar a Bug após descobri-la num livro sobre inovação e empreendedorismo, escrito pela jornalista Sarah Lacy. A empresa ficou na 33ª posição mundial, numa lista liderada pelo Facebook – e na frente de Petrobras, Embraer, OGX e outras potências nacionais. “Os editores acharam que a gente tinha relevância suficiente para ser premiado porque estamos em duas culturas muito importantes no País, a cana e a soja”, diz o empresário Diogo Carvalho.
A trichogramma, que responde por metade do faturamento da Bug, parasitando ovos da lagarta
A trichogramma, que responde por metade do faturamento da Bug, parasitando ovos da lagarta
Foto: Heraldo Negri / Bug
A Bug vende basicamente insetos e ácaros. O principal produto é a trichogramma, uma vespa tão pequena que um grama do preparado vendido pela empresa contém 37 mil ovos fertilizados com pequenas vespinhas. Ela é cultivada nesses ovos e, quando nasce, solta na lavoura. Ali vai parasitar outros ovos, de mariposas e borboletas, que são as principais pragas – quando em fase de lagarta – das grandes culturas brasileiras. A trichogramma responde por metade do faturamento da Bug.
A empresa tem como clientela 350 mil hectares de lavoura no País. Atende grandes grupos do setor de açúcar e álcool, como Raízen, Zilor e São Martinho – as vespas já substituem totalmente o agrotóxico numa usina de 35 mil hectares, para dar um exemplo. Tem clientes que plantam cana no Maranhão, soja no Centro-Oeste, morango no Espírito Santo, flores e pimentão em Minas Gerais, melão no Rio Grande do Norte, algodão, milho, tomate e assim por diante.
Os insetos da Bug proporcionam, segundo a empresa, uma economia de 30% em relação aos agrotóxicos. Além disso, as vespas normalmente só precisam ser aplicadas uma vez, no início do plantio, enquanto agentes químicos são borrifados até seis vezes durante a safra.
Mas não haveria nisso um perigo biológico" Será que o Brasil não vai acabar cheio dessas vespinhas" Bem, os argumentos dos sócios são convincentes. O principal é de que a trichogramma – que sempre existiu por aí, na natureza – parasita apenas os ovos dessas pragas. Logo, ela só poderia se reproduzir descontroladamente se a praga também se tornasse abundante. Acontece que a própria trichogramma evita isso – e os testes para comprovar a tese são feitos há mais de 30 anos nas universidades.
Na verdade, o Brasil usa insetos para controlar pragas faz tempo. A mosquinha cotésia é empregada na luta contra a lagarta “broca de cana” (a mesma combatida pela vespa da Bug) desde os anos 1980, no maior programa de controle biológico do mundo. Nos anos 1990, o País importou moscas da Califórnia para ajudar nas plantações de laranja. Numa busca no Google, é fácil achar mais de 300 mil pesquisas sobre a própria trichogramma. Era uma velha conhecida do meio acadêmico. A grande inovação da Bug foi conseguir produzi-la em escala comercial.

Funcionária da Bug: empresa nasceu numa universidade e continua investindo em pesquisas
Foto: Greg Salibian
Os ovos onde a vespinha cresce são tão pequenos que parecem areia
Os ovos onde a vespinha cresce são tão pequenos que parecem areia
Foto: Greg Salibian
Diogo mostra uma cartela, que pode conter até 100 mil vespas trichogramma
Diogo mostra uma cartela, que pode conter até 100 mil vespas trichogramma
Foto: Greg Salibian
Uma cartela tem 24 tabletes, que são destacados na hora da aplicação
Uma cartela tem 24 tabletes, que são destacados na hora da aplicação
Foto: Greg Salibian
O agricultor deve soltar um tablete a cada 20 metros de lavoura, para espalhar as vespas
O agricultor deve soltar um tablete a cada 20 metros de lavoura, para espalhar as vespas
Foto: Greg Salibian
A empresa vende insetos para as mais diferentes lavouras, de soja a morango e flores
A empresa vende insetos para as mais diferentes lavouras, de soja a morango e flores
Foto: Greg Salibian

Em um desses laboratórios onde a trichogramma era estudada, na escola de agronomia da USP, em Piracicaba, Heraldo Nigres, sócio de Diogo na Bug, trabalhou 20 anos com a vespinha. Nessa época, Diogo fazia mestrado no mesmo campus. As pesquisas dos dois – e de vários outros acadêmicos – já mostravam bons resultados, mas não havia aplicação mercadológica do inseto.
Em 2001, eles fundaram a empresa, na incubadora da universidade. Até 2005, pesquisaram e desenvolveram produtos, numa época de muito trabalho e pouca estrutura. Chegaram a ter nove imóveis alugados em Piracicaba para tocar as pesquisas, sobrevivendo graças ao aporte – a fundo perdido – de R$ 1,2 milhão da FAPESP, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Então, em 2005, eles receberam um telefonema. Um usineiro da região de Assis (SP) queria aplicar o produto numa área de 500 hectares de cana. Era um pedido de 500 gramas de ovos, cinco vezes a capacidade da empresa na época. Os sócios toparam, o que significaria a primeira receita de verdade da Bug. Em 2010, ela se tornou a primeira empresa a registrar um inseto (a trichogramma), com liberações da ANVISA, do IBAMA e do Ministério da Agricultura. Em 2011, protocolaram ácaros e insetos predadores. Cada processo levou cerca de três anos.
Cada cartela que vendem – uma embalagem engenhosa e também patenteada – tem 24 tabletes. O tablete, cerca de 2,5 mil vespinhas. Uma cartela tem entre 50 mil e 100 mil trichogrammas, dependendo do propósito. Para aplicar, o agricultor caminha pela plantação e solta um tablete a cada 20 metros. A cartela cobre um hectare e custa R$ 12 para cana e R$ 20 para soja, tipo com maior concentração de ovos. A capacidade de produção é de oito quilos de ovos por dia – ou oitenta vezes a de 2005, no pedido inicial.
No final de 2011, a empresa se fundiu com a Promip, de Marcelo Poletti. Tratava-se de um negócio com história parecida, que vinha crescendo 35% ao ano desde a fundação (em 2006) e tinha produtos complementares – é focada em ácaros e predadores microscópicos. Juntas, elas podem oferecer um pacote de soluções com várias espécies, para diferentes lavouras. Também vendem armadilhas para pragas e ovos para cultivo de vespas – esses últimos, exportam para a União Europeia.
A sociedade da Bug é dividida igualmente entre Diogo e Heraldo (fundadores), Marcelo (que entrou com a Promip) e dois fundos que investiram no negócio: o Criatec (do BNDES, representado por Francisco Jardim) e a Trigger Participações, liderado por Marcelo Berger. Novos investidores estão para entrar na empresa, para ajudar na expansão.
Espaço para crescer após o aporte, não falta. O controle biológico de pragas embolsa menos de 1% de um mercado de R$ 8 bilhões no Brasil, dominado pelos agrotóxicos. A Bug atende 35 usinas de cana, de um universo de 435 no país. No setor de soja, a penetração da empresa é ainda menor. “A tecnologia está pronta, agora é só usar os recursos para replicá-la e expandir”, diz Diogo.
A empresa já conta com duas fábricas e quase 80 funcionários – e está contratando. O faturamento, eles não revelam. Mas é fácil entender que estão num caminho sólido: vendem cartelas com preços entre R$ 12 e R$ 20 que cobrem um hectare, e têm 350 mil hectares de clientela. “O plano de negócios é que em cinco anos a empresa passe a faturar US$ 40 milhões por ano”, diz Poletti, que além de sócio virou diretor de pesquisa e desenvolvimento da Bug. As pequenas vespinhas são um grande negócio.